O grupo G da Copa 2018 é formado por Bélgica, Tunísia, Panamá e Inglaterra. Deles, os favoritos a passarem para a próxima fase certamente são os ingleses e os belgas. Sorte das duas seleções que conseguiram cair em um grupo onde se sobressaem, portanto, não devem enfrentar grandes dificuldades.
E nas oitavas, os membros vencedores do Grupo G devem enfrentar o Grupo H, sendo os prováveis candidatos Polônia e Colômbia. Se der zebra, Senegal ou Japão podem conquistar uma das vagas. Funciona assim: o primeiro colocado do G enfrenta o segundo do H, e vice-versa. Portanto, Bélgica e Inglaterra têm boas chances de passarem para as quartas de final, desde que não desconsiderem o potencial de seus adversários.
Os belgas foram invictos nas eliminatórias, com 9 vitórias e 1 empate, somando 43 gols marcados e 6 vazados. Tais números são excelentes e somente a Alemanha teve resultados melhores durante a classificação.
É uma das candidatas ao título mundial nas casas de apostas, atrás de Brasil, Alemanha, França, Espanha e Portugal. A fase da equipe é ótima, com uma geração talentosa, como o meia-atacante Eden Hazard (Chelsea), meia Dembélé (Tottenham), goleiro Courtois (Chelsea) e o atacante Lukaku (Manchester United).
Na última edição da Copa do Mundo, a Bélgica chegou às quartas de final, sendo derrotada pela Argentina, que ganhou o vice campeonato. Portanto, o histórico é outro motivo para apostar na seleção belga.
Atualmente, o time possui ataque rápido, sendo este seu maior ponto forte, se considerarmos o total de gols feitos nas eliminatórias. A equipe consegue tem boa posse de bola e transforma oportunidades em finalizações.
Ao mesmo tempo, toda a qualidade ofensiva é descontada na defesa vulnerável. Este é um quesito que deve ser melhorado nos jogos pré Copa para evitar problemas no mundial.
AMISTOSOS: a equipe teve um jogo amigável contra a Arábia Saudita e mostrou seu peso. O placar foi de 4x0, uma goleada. Mostrou que seu time principal está cheio de vigor e que o técnico Roberto Martínez tem feito escolhas acertadas. Por outro lado, os belgas não fizeram mais que sua obrigação, já que a Arábia Saudita é a pior equipe no ranking Fifa dos classificados para a Copa.
O caminho durante as eliminatórias foi difícil, com 4 empates, 3 derrotas e 3 vitórias. Mesmo não precisando de repescagem e tendo deixado para trás os Estados Unidos, o Panamá teve uma campanha fraca, com pouco mais de 43% de aproveitamento.
Ao analisarmos o histórico da seleção panamenha, percebemos que, na verdade, este foi um grande feito. Esta é a primeira vez que eles participam de uma Copa do Mundo. Para você ter importância da façanha: o Presidente da República Panamenha declarou feriado nacional no dia seguinte à classificação. Foi uma grande festa, que levou os torcedores às ruas após a vitória de 2x1 contra a Costa Rica nas eliminatórias.
Tal sucesso é resultado do trabalho do técnico Hernnán Darío Gómez, um colombiano que atuou como volante e foi auxiliar técnico de Francisco Maturana. Passou por várias seleções, como Colômbia, Equador e Guatemala.
O time chega ao mundial sem ambições, já satisfeito apenas com o fato de participar do torneio. Por isso, podemos dizer que é bastante remota a chance de o Panamá passar da fase de grupos. Há quem acredita no fato de que o jogo sem responsabilidade de ganhar pode gerar surpresas no campo.
O esquema tático da seleção panamenha é o 4-4-2, com descidas velozes para o ataque e organização defensiva. Outro ponto forte é a bola aérea nas jogadas ofensivas. Todavia, o time é bastante frágil, com atletas que não estão acostumados a atuar em grandes ligas.
AMISTOSOS: a fraqueza do Panamá é notada nos jogos amistosos realizados antes da Copa. Contra a Dinamarca, perderam de 1x0, mas o placar poderia ter sido bem maior. Atuaram demais na defensiva e tiveram a sorte de os dinamarqueses terem perdido várias oportunidades. Contra a Suíça, as falhas ficaram mais evidentes, resultando em uma goleada de 6x0.
A disputa foi apertada durante as eliminatórias, de modo que apenas 1 ponto em relação ao Congo garantiu a vantagem à seleção tunisiana. Foram 4 vitórias e 2 empates, o que dá ao time certa invencibilidade. Esta é a quinta vez que o país participa de uma Copa do Mundo, porém jamais passaram da fase de grupos. A última vez que se classificaram no torneio foi em 2006.
No Grupo G, a Tunísia não é uma das favoritas para as oitavas, a não ser que ocorra alguma zebra. O craque da seleção é o meia Wahbi Khazri, que atua no Rennes. Ele é a peça chave da equipe, capaz de armar jogadas e também marcar gols. Ele tem nacionalidade francesa e tunisiana, porém, optou por defender a camisa da Tunísia em vez de aguardar uma convocação incerta na seleção da França.
Um dos pontos fortes dos tunisianos é o jogo nas laterais, por onde mais saem jogadas de ataque com qualidade. Destaque para o meio de campo de Mohamed Amine Ben Amor , com boa mobilidade e saída de bola, além de lançamentos para Youssef Msakni. O problema do time é o jogo aéreo dentro da área, embora a defesa seja considerada eficaz.
AMISTOSOS: a Tunísia derrotou o Irã por 1x0, mesmo placar feito no jogo contra a Costa Rica, durante amistosos. São bons resultados até então.
Os ingleses se classificaram em primeiro lugar no grupo que atuaram durante as eliminatórias. Ao todo, foram 8 vitórias e 2 empates, com 18 gols marcados e 3 sofridos. Isso mostra que a defesa do time está em boa forma.
Embora o futebol tenha sido “inventado” na Inglaterra, o país não tem tradição no mundial. Ganharam somente uma vez, em 1966. E nos últimos anos, ficaram 2 vezes nas oitavas, 2 vezes nas quartas e em 2014, permaneceram na fase de grupos.
A questão é que na Copa 2018, a Inglaterra é uma das candidatas ao título. Não apenas por sua campanha nas eliminatórias, mas também por ter um elenco de peso. Para chegar a esse patamar, a equipe sofreu uma jogo das cadeiras por parte da comissão técnica. De 2012 a 2016, Roy Hodgson foi o treinador, dando lugar a Sam Allardyce, que ficou pouco tempo na posição, sendo substituído por Gareth Southgate.
Ele mudou o sistema de jogo para três zagueiros, com Gary Cahill e Phil Jones do Manchester United e John Stones do Manchester City. Também afastou Wayne Rooney da posição de capitão. Já o ataque conta com Harry Kane (Tottenham), Jamie Vardy (Leicester), Marcus Rashford (Manchester United) e Daniel Sturridge (Liverpool).
Vamos ressaltar os pontos fortes: os jovens atletas proporcionam velocidade, enquanto os mais experientes proporcionam um jogo mais cadenciado. O sistema tático recebeu boa formação,o que dá condições pela briga pelo título. Por outro lado, Joe Hart, o goleiro, já não é mais o mesmo e não há um substituto de peso na equipe. Outro quesito problemático é a dificuldade de criação em jogos cujo adversário joga atrás da linha da bola. Isso resulta em jogo aéreo, algo um pouco amador para uma seleção deste porte.
AMISTOSOS: contra a Holanda, os ingleses quebraram um jejum de 22 anos e conseguiram vencer por 1x0. Os holandeses estão fora da competição, mas ainda são, de certa forma, uma equipe poderosa. Contra a também eliminada Itália, a Inglaterra empatou por 1x1. Os italianos empataram graças ao recurso de árbitro de vídeo, que marcou um pênalti após lance polêmico, nos minutos finais da partida.
DATA | SELEÇÕES | HORÁRIO |
18/06 |
Bélgica x Panamá Tunísia x Inglaterra |
12h 15h |
23/06 | Bélgica x Tunísia | 9h |
24/06 | Inglaterra x Panamá | 9h |
28/06 |
Inglaterra x Bélgica Panamá x Tunísia |
15h 15h |
Seria bem improvável um cenário em que Inglaterra e Bélgica não conquistem as duas vagas do Grupo G. Com isso, descartamos a possibilidade de Tunísia e Panamá passarem da fase de grupos. Portanto, o grande jogo será o desafio entre belgas e inglesas, uma partida que vale a pena assistir, e por que não, apostar também? Ela será decisiva para descobrir qual das suas seleções conquistará o primeiro lugar.
Como dissemos anteriormente, o primeiro colocado do Grupo G enfrenta o segundo do Grupo H, nas oitavas. E o segundo do G enfrenta o primeiro do H. Assim, as duas equipes que devem sair do Grupo H para enfrentar Bélgica ou Inglaterra são Polônia e Colômbia.